FLORES, VISÕES DE FUTURO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - 2030
Apresentação pública do trabalho de doutoramento sobre as visões de futuro e do desenvolvimento sustentável da Ilha das Flores Autor: José Benedicto Royuela - josebero@yahoo.com
Contributos para informar o futuro das Flores
Em Abril de 2009 tive a oportunidade de entrevistar a 23 proffisionais dos diversos sectores de actividade fulcrais na Ilha das Flores (turismo, agricultura, cultura, ambiente, transportes, economia e empreendedorismo). Estas entrevistas, “scoping interviews”, foram utilizadas como base para desenvolver os dois cenários para a Ilha das Flores em 2030: Desenvolvimento Standard e Desenvolvimento Equilibrado (apresentados no primeiro post deste blogue). Pedi aos entrevistados que escrevessem uma palavra ou frase chave que simbolizasse a sua visão para a Ilha. Para completar a sua visão para o ano 2030, os entrevistados puderam também reflectir sobre a transição preenchendo um bloco para o ano 2015 e outro para o 2020 (tal como se pode ver pela folha em branco). Tiveram a opção de utilizar a cor que acharam mais representativa.
Mostram-se aqui as fichas preenchidas pelos entrevistados. O texto de cada ficha está transcrito na parte de baixo. As fichas são anônimas e são apresentadas em ordem cronológica.
Os objectivos desta nota é partilhar esta informação convosco, mas também incentivar-vos a darem a sua opinião em relação as ideias aqui apresentadas. Boa leitura! E obrigado pelos contributos!
“2030: Tecido social pouco alterado.
Retiro de pensionistas à aumento do preço do imobiliário.
Elevadas potencialidades na área de conservação da natureza.
Início de uma época nova.”
“2030: Desenvolvimento do Ecoturismo.
Reconhecimento do Mar
Crescimento populacional”
“2015: Fixar população, qualificação.
Informação e evaluação ambiental (preservação, investimento e rentabilização)
Infocracia: info-exclusão sem banda larga
2020: - manutenção da actual área natural
- transportes inter-ilhas
- apoio ao investimento: valores próprios
- tender a reduzir ‘subsídios disfuncionais’
- direccionar investimentos para valores próprios
Auto governança, sustentabilidade.
2030: - energias renováveis (água)
- turismo natureza não massificado e activo
- destino remoto e espiritual
- agricultura ‘tendencialmente’ biológica e sustentabilidade
- apostar veículos eléctricos e transportes públicos
Auto-suficiência.”
“2030: Selvagem
Turismo de natureza”
“2015: Pagar a produção da água e da biodiversidade.
Pastagem, laurisilva
Agricultura: 200 trabalhadores, Pesca: 50, Turismo: 50, Administração: 200
2030: - recuperação da floresta primitiva nos pastos mais altos e nas ribeiras.
- Ocupação do território com pastagens nas zonas altas associadas a raças adaptadas as condições adafo-climáticas
- quatro zonas urbanas: Ponta Delgada, Santa Cruz, Lajes e Fajã Grande. Bem estruturadas, orientadas para turismo e logística. Ilha auto-sustentável em términos energéticos
- Acessibilidades básicas: turismo de reforma, turismo de natureza, logística, pesca, telecomunicação.
10.000 habitantes. Núcleo investigação. Um táxi aéreo.
- Regulação: ‘regionalizar’ com mais importância ao concelho de ilha e mais ligação ao Corvo.”
“2030: Qualidade, vida e tranquilidade”
“2030: Natureza.
Turismo rural
Energias renováveis (energia eólica, energia das ondas e energia solar)
Sistema de reciclagem com reutilização”
“2015: “A Ilha” – copy/paste do conceito de ilha do Aldous Huxley (no livro “A Ilha”)
“Agriturismo”: juntar a lavoura tradicional ao turismo
2020: (classificação dos cenários do PReDSA)
Desejável: Ecotopia, Sociopolis, Infocracia, Hotelândia, Lactogenia
Provável: Hotelândia, Lactogenia, Infocracia, Ecotopia, Sociopolis
2030: Flor amarela dos ‘cubres’, Solidago sempervirens
“2015: Turismo rural. Uma esperança no horizonte!
2020: Infelizmente a população diminui assustadoramente!
2030: Quantos somos afinal? E quem somos?”
“2030: - Turismo mais desenvolvido.
- Apostar na conservação da natureza”
“2015: Projectos na área dos transportes intra-ilha.
2020: Projectos na área da animação turística e na oferta turística em geral.
2030: Qualidade de vida.”
“2015: Criação de uma escola profissional com cursos de áreas
aplicáveis na ilha: turismo, agricultura, ambiente
2030: Ilha das Flores – Ilha com futuro!
O turismo poderá contribuir para o desenvolvimento da ilha, se se criarem condições (de parte do governo) para que melhorem as possibilidades da ilha – custos das viagens aéreas/marítimas
A agricultura poderá vir a ser uma hipótese viável para os mais jovens, que poderão começar por fazer desta actividade, uma actividade complementar.
A juventude da ilha das Flores deve ser cada vez mais os principais agentes do desenvolvimento da ilha, desde que também sejam criados para estas condições de fixação e emprego.”
“2030: Ilha a visitar pelo menos uma vez na vida.”
“2030: Acredito que a ilha será mais rica, os seus habitantes mais jovens.
Continuaremos a ter um ambiente preservado.
Manter-se-á a segurança. Teremos qualidade de vida.
Desenvolvimento.”
“2030: Natureza preservada, turismo sustentável.”
“2030: O paraíso natural”
da inscrição é para piorar não para melhorar.
Para melhorar as pescas é preciso mais fiscalização.”
“2015: Tratamento resíduos. Recolha selectiva. Melhores comunicações (cabo fibra-óptica)
2020: + turistas. Energias renováveis. Estagnação agricultura e pescas.
2030: + turistas. Evolução turismo natureza e desportos náuticos.